terça-feira, 15 de julho de 2014


JOÃO RUBINATO



Nascimento em novembro de 1912 (sendo do signo de escorpião).
- Filho de uma mãe negra com um italiano. Casados por interesse do pai na residência herdada pela mãe
- Nascido e residente no Bixiga
- Veio ao mundo num parto caseiro com a ajuda de uma velha parteira negra
- O pai expulsou a mãe ainda grávida da casa ( ou quando ele era recém nascido ) e foram morar num cortiço do bairro
- Se apaixona pelo rádio, seus artistas e o samba de roda da vai vai. Aos 18 anos (1930) ,sai no primeiro cordão de rua da futura escola e desde então sai todos os anos
- Corinthiano devido a convivência entre os moradores do bairro (o time nascido no Bom Retiro é um dos primeiros no país a aceitar jogadores negros)
FEIJOADA E MACARRÃO!
Desde pequeno, ouvia as histórias de sua vó que foi escrava.


- Nome: Flora Eunice Arruda da Silva Barboza

- Data de nascimento: 08/08/1908 - sábado

- Signo: Leão

- Atualmente: 29 anos em 08/08/1937 - domingo

Nasce no Interior, em 08/08/1908, (um sábado) lugar onde se da o encontro matrimonial de seus pais. Filha do Sr. Carlos Barboza –  um sambista amador que trabalhava com o comercio da cana e da Sra Francisca Arruda – uma herdeira e dona de uma grande fazenda especializada pelo cultivo da cana de açucar. É em 1931 com seus 23 anos de idade que vem pra cidade de São Paulo com o objetivo de se reunir com os contatos comerciais de seus Pais. Começa a vir com mais frequencia para a cidade por conta dos negocios. Com o tempo torna-se necessario ficar na casa de seus familiares na regiao da Casa Verde. É aí que ela começa a entrar em contato com a musicalidade local. Apos o termino do curso de Advocacia (que iniciou a fim de cuidar dos negocios familiares), ela se aproxima dos integrantes da Frente Negra pra entender essa união/movimento, já que alguns de seus amigos pertenciam a Frente. Um dia ela pede a um deles que transmita uma noticia ao Vivo (algo sobre um evento politico que iria acontecer em um dos Centros recreativos e era de extrema importancia que a juventude negra estivesse presente), pra sua surprresa seu amigo disse pra que ela mesma o fizesse. Seu charme e engajamento era tão envolvente que ela foi convidada pra adentrar a Radio e noticiar todos os fatos militancia, politica negra. A noite cidade grande cada dia mais a encantava.  E depois de um percuso inesperado, desviando-se de um historico familiar, supreendendo a si mesma, em meio a cantos, denuncias,  batucadas, decepções ... e outras acões. Aos poucos ela e acaba se rendendo ao Som do Samba paulista e Flora se torna a Voz da RADIO LUZ NEGRA!

José Correia Leite


Nasci em São Paulo, no dia 24 de março de 1906, sob o signo de Áries. Minha mãe foi abandonada pelo meu pai, um espanhol recém chegado da Europa, que veio ao Brasil para trabalhar em uma fábrica na Barra Funda. Passei parte da minha infância vivendo entre pessoas brancas, já que minha mãe, tendo sido abandonada, foi acolhida pela patroa, a senhora Elenita Lafer, que na época morava num belo casarão nos Campos Elíseos.
Embora tenha vivido parte da minha infãncia na casa de gente abastada e quatrocentona de São Paulo, tendo com isso apreendido os bons modos e costumes deles, não tive o apoio que precisava, no que diz respeito aos meus estudos, já que eles achavam que dar cama e comida para a família de sua empregada abandonada pelo "marido" era o suficiente. Até o ano de 1919, me sentia um estranho no ninho, já que convivia e presenciava apenas a vida daquela família branca e rica, não tendo até aquele momento, contato com pessoas de pele escura como eu. Tudo mudou quando saí de "casa" para trabalhar, e entre minhas andaças pela capital conheci dona Feliciana Gonçalves, uma professora de Liceu que me incentivou a estudar. Naquela época, trabalhava como entregador de marmitas, e entre uma entrega e outra e também nas noites depois de um dia cheio de trabalho, me entregava ao aprendizado do ler e escrever. Conheci importantes escritores do século XIX, e entre romances de José de Alencar e Machado de Assis, teorias políticas abolicionistas de Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, conheci meu mentor espiritual: Luiz Gama.
Sou um autodidata feroz, que não abre mão, tendo conhecido as teorias da formação da república brasileira, de dar o sangue para que o povo negro se integre nesta sociedade em desequilíbrio. E por falar em negros, foi quando saí pra rua, pra vida do trabalho, que percebi que a cidade de São Paulo era também habitada por pessoas que tinham a pele escura como eu e minha mãe, e me lembro que entre leituras, versos, política e marmitas, despertei!
Fiz amigos e tive grandes paixões. Em 1924 tive um filho, Gulherme, fruto de um romance com uma atendente da alfaiataria "Volponi", que ficava na rua 15 de novembro. Cometi o erro do meu pai. Como não tive pai, não poderia ser um e sim, abandonei Catarina e Gulherme, antes mesmo de ele nascer. Apenas meu amigo de vida e lutas políticas, Abdias do Nascimento, sabe dessa história guardada à sete chaves.
Os meus vinte e poucos anos foram cercados de intenso trabalho, dedicação e participação política. Aliás, não sou herdeiro, tudo que conquistei e tenho hoje foi fruto do meu trabalho. Já estava totalmente envolvido com a causa negra, e acreditava sim e ainda acredito que "o negro é um, ele tem que ser indivisível, com uma bandeira de luta dele". Participei ativamente da fundação do Clube Negro de Cultura Social, que foi idealizado por mim e José de Assis Barbosa. Daqueles tempos pra cá trabalho como jornalista na Rádio Jornal - Associados de Comuncação Luz Negra, e entre sambas, bambas  e ideais, peço passagem pra um novo modo de pensar o povo negro nesta República que chamamos Brasil. 

ORLANDO CLÁUDIO MONTEIRO( ORLAND CLAUDE)
Nascido em São Paulo em 1900, filho de Aparecida Monteiro e Renault Verlaine.
Regido por Morpheu e a deusa Hebe já no ápice dos seus trinta e sete anos, traz o frescor e a alegria de um bon vivant  estudado na Sorbonne em Artes Plásticas e na famosa Le Cordon Bleu em Artes Gastrônomicas.
Fino e requintado, conhecedor de diversas castas de vinhos, amante de um bom chardonnay e do bom e gelado Veuve Clicquot, vem para São Paulo em 1932, pois desde 1908, teria ido para Paris e só regresara para São Paulo, para junto a Pinacoteca do Estado de São Paulo, cuidar de algumas obras que estavam em exposição até então.
Amante da obra de Picasso, de Egon Schiele, é um inspirado ao tocar Nocturno de Chopin.
Seu regresso a São Paulo tem a ver também com a curiosidade com o gênero musical- SAMBA- que o fascina demasiadamente, pois toda sua educação foi pautada em clássicos como Lizt, Mozart, e gosta dos contemporâneos Satie e Debussy.
Possui o signo de Áries com ascendente em Sagitário, criatura solar e exótica.
Viajado, adora passar seus momentos de inverno numa pitoresca vila em Gênova( Itália) e possui uma casa de veraneio em Madrid, onde já foi palco de várias de suas excelentes festas e encontros.
Pablo, seu fiel mordomo, cuida de tudo lá.
Orland, possui no Brasil amigos ligados a Frente Negra.
É religiosamente ligado aos orixás e prática cultos secretos. Isso ele herdou de sua mãe, que era babalorixá no Brasil.
Gosta dos tons pastéis ao branco.
Homossexual enrustido e de amores platônicos.
Gosta no falar em português de sempre soltar uma palavra ou outra em francês. Não enxerga o racismo, mas quando vem ao Brasil, sente algumas situações “estranhas” mais de perto.
No Brasil torna-se amigo da Índia, pois são nas boates onde ele vive no Brasil a sua orientação sexual.
Índia é uma boa amiga, afirma. Sempre divertida.
Sente falta da amiga, quando a mesma morre assassinada de maneira misteriosa.
É amigo da jornalista, sambista e rica Flora.
Se veste com elegância e esmero.
É amante do cinema e das boas canções. Frequentador assíduo dos bons Cafés da Época, inclusive do Café GIRONDINO, próximo a Igreja de São Bento.
Possui bom humor mas as vezes é sarcástico.
Quando triste, toca gaita e escreve poemas. Gosta de tocar acordeon, flauta doce e piano, seu eterno companheiro. Gosta de pintar quadros abstratos.
Wanda Marchetti admira o seu trabalho nas Artes Plásticas, mas quando descobre que é um negro que as pinta, o abomina e o despreza por ser negro.
Uma idéia ronda e permeia sua mente: o suicídio.
Gênesis das personagens 

Tinga
Nasceu em 08/06/1910 ás 18h30 em uma noite de ritual xamânico em noite de lua cheia. Ao nascer foi descoberto sua mestiçagem já que sua pele era clara e daí então seu nome foi dado de Tinga (de cor branca). Sua mãe filha do cacique da tribo assume então ter tido uma relação com um português do qual não se sabe a história.
Aos 14 anos Tinga foge de sua tribo pois chegará o momento dos rituais onde são impostos os deveres masculinos e também chegado o momento de casamentos dos meninos daquela idade.
Por ser mestiço, afeminado e nunca haver habilidades nos afazeres masculinos já sofria agressões e preconceitos de todas as partes.
Fora de sua tribo já na cidade grande, ele encontra abrigo em um bordel, onde lá em troca de comida e moradia segue com trabalhos domésticos.
Ali, à partir de 1924 ele aprimora seus dotes de cantora e bailarina com todas aquelas mulheres da vida. E então assume sua essência, figura e presença feminina se dando o nome de ....... . Sua identidade masculina é mantida em segredo entre ela, Matilde e uma terceira pessoa.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

direto do forno. se não fosse um daltônico musical já iria com música cifrada, este samba em lamento

FLORA

Samba do ventre negro

Eu grito em Iorubá
Dor, que dor, dor
Meu filho o sabiá
Dor, que dor, dor.

O caroço oco veio no ventre
Jatobá do esquecimento
Cunho mundo negro - inteiro
No fundo de meu seio ao meio

Cruel destino ventre livre
Só uma mulher sente
Meu filho escravo vive
Filho indigno e ausente

Eu grito em Iorubá
Dor, que dor, dor
Meu filho o sabiá
Dor, que dor, dor.

Mesmo sendo meu homem
Negro livre, mestiço ou branco
De qualquer cor, o meu canto
Será ao filho cego, surdo, manco.

Eterno escravo meu ventre
Arranca dentro o tormento
De uma mulher negra aos flancos
Memória aflora lamento ao vento

Eu grito em Iorubá
Dor, que dor, dor
Meu filho o sabiá

Dor, que dor, dor.

chico

http://letras.mus.br/chico-buarque/

ideia para musicar os textos

https://www.facebook.com/renatomarquesrs?fref=ts
https://www.youtube.com/watch?v=20GOCfYylWs
https://www.youtube.com/watch?v=PluQSD7xz84

sábado, 12 de julho de 2014

blacktie



















moda

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&cad=rja&uact=8&ved=0CCwQFjAG&url=http%3A%2F%2Fmodahistorica.blogspot.com%2F2013%2F05%2Fanos-30-crise-e-glamour.html&ei=0LXBU-zTEubNsQSAnoGwBg&usg=AFQjCNFRrv0W6hDb9eATkUOpley9Tnq2LA&sig2=eWKDWH5rovSS18KbIHFxTw

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=9&cad=rja&uact=8&ved=0CDwQFjAI&url=http%3A%2F%2Fwww.teoriacriativa.com%2Fpara-inspirar-moda-na-decada-de-1930%2F&ei=0LXBU-zTEubNsQSAnoGwBg&usg=AFQjCNET7AeABvjml9DrO78Few8RXw0VhQ&sig2=MVYC9WtOzQq2hbM-v39Isg