FLORA
Samba do ventre negro
Eu grito
em Iorubá
Dor, que
dor, dor
Meu
filho o sabiá
Dor, que
dor, dor.
O caroço
oco veio no ventre
Jatobá do
esquecimento
Cunho
mundo negro - inteiro
No fundo
de meu seio ao meio
Cruel destino
ventre livre
Só uma
mulher sente
Meu
filho escravo vive
Filho indigno
e ausente
Eu grito
em Iorubá
Dor, que
dor, dor
Meu
filho o sabiá
Dor, que
dor, dor.
Mesmo sendo
meu homem
Negro
livre, mestiço ou branco
De qualquer
cor, o meu canto
Será ao
filho cego, surdo, manco.
Eterno
escravo meu ventre
Arranca dentro
o tormento
De uma
mulher negra aos flancos
Memória aflora
lamento ao vento
Eu grito
em Iorubá
Dor, que
dor, dor
Meu
filho o sabiá
Dor, que
dor, dor.
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